Adeus a Celso Fonseca, que doou para o estádio do Corinthians (e também tentou me convencer)
Notório por cobrir a cultura brasileira, jornalista morreu aos 61 anos, em São Paulo, sem jamais deixar de torcer e acreditar no Timão
Gol Delas|Do R7
“E o Corinthians, hein, meu?”. Muitas vezes essa frase vinha antes do “boa tarde” do Celso Fonseca, jornalista reconhecido pela cobertura da cultura brasileira, que morreu aos 61 anos, em São Paulo.
Era fanático pelo Timão. Tinha várias histórias de arquibancada para contar. Preferia o Pacaembu à Neo Química Arena. Achava longe, além da dívida. Mas doou na vaquinha para ajudar a pagar o estádio — e tentou me convencer a doar também!
A provável escalação do jogo, quem está no DM, os novos reforços, o impeachment do presidente… Sabia tudo. Ler a página com todas as notícias do Corinthians era uma das primeiras missões do dia. Comentava tudo.
“O Memphis assinou contrato”. “Você viu a multa de rescisão do Hugo Souza?”. “Yuri Alberto vai pra seleção, hein?”. Sem falar nas diversas sugestões de pauta sobre o Alvinegro.
Nos dias de jogo, ficava ansioso e sempre dava um jeitinho de assistir, mesmo que ainda estivesse trabalhando. Queria saber meu palpite e placar (sem clubismo). No fim de 2024, o Timão tinha um jogo decisivo na luta para sair da zona de rebaixamento do Brasileirão e quase se complicou. “Quando fez 2 a 2, fiquei muito nervoso”. A conversa na redação era quase como uma mesa redonda pós-jogo.
A fase atual do Corinthians está longe de ser das melhores, mas ele nunca deixou de torcer e acreditar, era Fiel!
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